terça-feira, 27 de maio de 2008

Violência Sexual é Crime

A exploração sexual infanto-juvenil vigorou por décadas sob o manto da ignorância, diante do fingimento de sua inexistência. Isso, por si só, já explica a gravidade deste crime, infelizmente, tão em evidência no Brasil. A forma mais conhecida de exploração sexual é aquela que utiliza a criança ou adolescente para fins comerciais, incorretamente chamada de “prostituição infanto-juvenil”. De uma forma geral, pode-se dizer que embora todas as situações que envolvam a exploração sexual tenham como pano de fundo uma família desorganizada, nem sempre ela ocorre oriunda do núcleo familiar.

Orientad
os pela docente Norma Velasco, ontem (26), no auditório do campus, estudantes do 6º semestre de enfermagem da FTC de Jequié, realizaram o Seminário Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O evento contou com a participação da Pedagoga Douriene Fraga A. Lopes, educadora social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, que com muita propriedade falou sobre a importância dessa discussão.

Em Jequié, o Serviço Sentinela é destinado ao atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, com acompanhamento psicossocial e pedagógico para a vitima e seus familiares. O programa também propõe derrubar o muro do silêncio em torno da violência sexual cometida contra crianças e adolescentes, sustentado pela indiferença da sociedade e pela cultura da impunidade dos agressores.

18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

A proposta da campanha é chamar atenção da sociedade para a importância de ficar atenta ao comportamento de cada criança e adolescente e, em caso de suspeita de violência sexual, comunicar de imediato as autoridades competentes. A data vem a reafirmar a importância de se denunciar e responsabilizar os autores de violência sexual contra a população infanto-juvenil. Instituída em 2000 pela Lei 9.970, faz alusão a um crime ocorrido há mais de 20 anos, no Espírito Santo, quando Araceli Cabrera, então com 8 anos, foi violentada e assassinada e os criminosos continuaram impunes.

O incentivo às denúncias de novos casos aos Conselhos Tutelares, Ministério Público, Delegacias da Infância e da Adolescência também é fundamental para o sucesso da campanha. Esquecer é permitir, lembrar é combater e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a gravidade desse tipo de crime e a importância de se fazer à denúncia. Seu silêncio só protege o agressor. Faça a sua parte, DENUNCIE: 0800.284.1102

Um comentário:

Escola Joaquim Nery de Souza disse...

O texto esta ótimo, porém ficou muito grande, cansando assim o leitor.