Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data - transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos
foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
"O dia é resultado de uma série de mobilizações do movimento negro para ressaltar não apenas as contribuições culturais que os negros trouxeram ao país, mas para trazer à tona a reflexão sobre o papel de protagonismo que a população negra ocupou em nossa história. Muitas vezes as pessoas não lembram que os negros vieram de um continente já civilizado e, portanto, nos trouxeram um conjunto de saberes que não eram dominados pelos europeus", diz Giovanni Harvey, sub-secretário de Política e Ações Afirmativas da Seppir, ao G1.Segundo Harvey, um dos objetivos do Dia da Consciência Negra é tirar do foco apenas a lembrança da abolição da escravatura, celebrada em 13 de maio, para ressaltar os feitos da população negra, sintetizado na figura do Zumbi dos Palmares. O feriado da Consciência Negra não é nacional e será adotado em mais de 300 cidades.
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