segunda-feira, 24 de maio de 2010

Educadores de Itagí dividem experiências sobre TDA/H


Com formato de oficina informativa e objetivo de proporcionar aos educadores da rede regular da cidade de Itagí, informações sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), no intuito de orientá-los para um atendimento capaz de não excluir, mas, melhorar a condição do aluno com o transtorno da melhor forma possível, estudantes do 4º semestre do curso de Psicologia da FTC Jequié, realizaram no mês de maio a Oficina Aprendendo a lidar com o TDA/H.

Cerca de 40 profissionais da educação compareceram ao Colégio Cenecista Pe. Otacílio, local do encontro, onde tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e trocar experiências a respeito da temática central.

“Diante do novo paradigma de inclusão educacional e respeito ao direito do cidadão com deficiências quanto à oportunidade de matricular-se e permanecer na escola, faz-se necessário que a comunidade escolar, especificamente os professores conheçam e reconheçam os alunos portadores de TDAH, bem como os mesmos possam saber lidar com crianças, jovens e adultos que possuem o TDAH”, explica a orientadora Maria Moreira.

Professores sobrecarregados lidam com uma série de alunos com problemas e não podem se dedicar aos alunos com TDA/H - destaca a estudante Nayomara Souza. Ela pondera que diante de uma turma que não raramente chega a 30 alunos, é difícil um professor conseguir dar atenção individualizada e conseguir acompanhar de perto as suas dificuldades de cada um. “No stress do dia-a-dia, mandar o desordeiro para o corredor acaba sendo a maneira mais fácil de restabelecer a ordem na turma”.

“O aluno passa ser visto como desleixado, preguiçoso e indolente”, comenta a professora Rute dos Santos. Na verdade, estas são limitações impostas pela doença, que se não for corretamente diagnosticada e tratada, atrapalha tanto a vida dos pais quanto dos filhos, afirma Nayomara.

Para os educadores, o primeiro passo da inclusão é entender e aceitar que cada criança tem um ritmo, tendo ela uma necessidade especial ou não. É preciso conhecê-la sem o rótulo de uma doença. “Vivemos numa sociedade que impõe padrões e se a criança não se enquadra, ela está fora do mundo, fora da escola. Para trabalhar com a criança com uma necessidade especial, seja ela física ou neurológica, o professor tem que se desprender do preconceito”, acredita.

Por isso a necessidade de procurar atendimento de um profissional especializado é importante. “Quando os primeiros resultados após o início do tratamento começam a aparecer, a criança passa a se interessar mais pela escola e a relação com os amigos também muda e os professores, os companheiros de sala e o histórico escolar agradecem”, conclui Iara.

Esta atividade faz parte da disciplina Trabalho Interdisciplinar Dirigido III.

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