quarta-feira, 3 de novembro de 2010

FTC Jequié e SENAC promovem curso de LIBRAS




Voltado para profissionais e futuros profissionais da área de saúde, a FTC Jequié em parceria com o SENAC está realizando o Curso de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) com ênfase em Enfermagem.

A Libras é a "língua oficial" da comunidade surda por ser a forma mais eficaz, objetiva e clara das pessoas com surdez poderem se comunicar. “O estudo e a utilização da linguagem de sinais por profissionais e pela sociedade de um modo geral vem crescendo gradativamente, pois se trata de uma importante ferramenta de inclusão e de acolhimento”, explica a facilitadora do SENAC, Nancy Lopes.
O projeto coordenado pela professora Andréa Quirino, foi desenvolvido para que os estudantes aprendessem principalmente termos do cotidiano dos deficientes auditivos, facilitando assim a comunicação e atendimento. “É necessário conscientizar os futuros enfermeiros a relevância do aprendizado e utilização da LIBRAS, pois um atendimento de qualidade ao deficiente auditivo é facilitado e favorecido, quando há comunicação entre enfermeiro-usuário”, destaca Andrea.

Deficiente auditivo desde os 4 anos de idade, Fabio José Ribeiro, 39 anos, foi convidado a participar da aula nesta segunda, 18. “Nasci ouvinte, mas aos 4 anos uma panela de água quente caiu em mim, e perdi 95% da audição”, conta Fábio, que nasceu no Rio de Janeiro e mora em Jequié há quase 5 anos. Com apoio da família, Fábio aprendeu na APAE (RJ), a língua dos sinais. Casado e pai de uma filha (ouvinte), ele trabalha como montador de móveis e participa dos cursos, trocando experiências. “Tenho uma vida normal, apesar da deficiência e sinto-me feliz em contribuir para o aprendizado das pessoas”, relata Fábio.

“Conversando com alguns profissionais de saúde, percebi que, por não conhecer a LIBRAS, eles não conseguiam realizar a correta promoção da saúde, fazendo com que os pacientes com deficiência auditiva não recebessem uma assistência à saúde individualizada e integral”, lembra Nara Núbia Oliveira, aluna do 3º semestre. “Mudei o tema do meu trabalho de conclusão de curso depois de conhecer um pouco do universo dos deficientes auditivos”, afirma Micheline Gonçalves, acadêmica do 7º semestre.

Nenhum comentário: